domingo, 8 de janeiro de 2023

Todo Revolução

Me furtar de todos os prazeres que o
dinheiro pode pagar,
pois plenitude eu não gozo.
Felicidade que existe, a material,
eu não tenho e jamais posso:
porque eu não posso gozar
porque eu não posso comprar.

Azar assaz assim
em ser o azar de
ser assim assalariado.

Dessa (má) sorte de estar vivo
nessa/dessa existência um eterno operário.
Um fim do mundo todo fim de mês,
todo fim do mês o mundo não acaba,
Ah!, e quem me dera, assim melhor seria,
melhor seria o fim de tudo de uma
única vez, do que o fim do mundo
sempre a cada fim de mês.

Viver sempre a revelia porque jamais eu sou...jamais no presente eu gozo a plenitude de ser...de ter...de sede...de vontade...de poder!

Poder adquirir o mínimo para sobreviver,
Deus eu imploro, não quero vida eterna,
eu quero enquanto vivo poder fugir
dessa (merda) sorte de ser um assalariado;
Sorte de estar empregado para bater 
ponto todo dia e no entardecer sempre
morrer de fome.
Porque,
por que meu serviço não me dá suficiente
dinheiro,
suficiente dinheiro para viver?

Melhor seria a morte uma vez que
eu não precisasse pagar para morrer,
pois para fugir da vida nem para isso
dinheiro eu tenho, e mesmo assim
todo dia é um suicídio diferente
buscando sempre o mesmo fim:
Fim do mês;
Fim de mim;
Fim da grana, da garra e da
gana de vencer.

Vencer sempre a mim mesmo
para todo dia a cada hora não,
jamais não enlouquecer,
e o patrão e a razão do lucro
sobre a minha pobreza?
Sobre a minha miséria a razão
de existir do lucro:
mais vale não existir,
mais vale e vale mais a Mais-valia,
a existência justa para um todo mais
valeria, Mais-valia, Mais-valia mais vale
morrer por isso, do que morrer por
um emprego que alimenta contas
bancárias de quem se empanturra todo
fim de mês de lucro e mais lucro.

A vida morta
a morte viva morte
e o lucro do patrão!
E Viva a morte
Viva a morte do
patrão.
O Fim da exploração
o lucro acaba
Alforria Operária:
venham todos, pois
é Festa enfim
aqui no chão de
fábrica.

Assaz assalariado azar de ser e que
assim seja até o dia em que não mais,
nunca mais,
pois mudar o mundo,
viver para mudar o mundo
eu sei que posso,
posso não mudar a minha vida agora,
mas mudar o mundo pro futuro eu sei
que posso...
dessa vontade eu vivo e dessa escolha
todo fim do mês eu sei que posso,
pois eu sou poder,
o poder da transformação eu sei que gozo,
na minha força de vontade determinar
enfim a revolução eu sei que posso,
todo dia a cada dia buscar sempre ser
agente da ação que porá fim a exploração
do assalariado.
Ser Eu eu sei que posso Ser Todo
Revolução.
E dinheiro algum me furtará dese
prazer por ser quem Eu Sou,
eu sei que desse desprazer dos
senhores do lucro eu sei que gozo.

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