quinta-feira, 29 de julho de 2010

Quadradez

deixo ser o que
procuro encontrar
dentro do que possa
existir em mim.

deixo ser o que
será de mais sagrado!
o reflexo dos
desejos ruins.

o tão aguardado
sonho débil, o reflexo
estudado atrás da
realização do fracasso.

deixo ser o que
diz o meu cansaço
exacerbado, programado
para agir no passado.

deixo ser o que
diz a máxima dos tolos,
"quando o dedo mostra o céu
o imbecil olha o dedo".

meu tão aguardado
poema de quadras,
feito de desejos de
aprender à usar as palavras.

deixo ser o que
sai dessa pena enferma,
vejo vazio um universo
de versos autênticos desse poema.

deixo ser o que
sempre tento ser em cena,
procuro achar minha persona,
onde outrora, desenhou esse poema.

deixo ser o que
é sempre coisa alguma.
me vejo pelo que sei, mas
sei que não sou porra nenhuma.

deixo ser o que
em mim possa ser toda
a estupidez, pois como poeta

vadio, vago em minha quadradez.

terça-feira, 27 de julho de 2010

romântica

quem aprisionou o amor longe de mim?
não viu minha dor chorando, fez-me assim
absoluto abandono, calor de outono
brisa ruim...
autora do fim...na minha destruição
a agente...a ação!
magnânima dama do adeus
quem me interditou, recusou
à mim podê sentir o que poderia
ser o melhor de mim
calou-me.

procuro viver de loucuras,
bebidas, vadias, drogas...
tento ser o mais profano possível
pois o contrario é a realidade sem ti,
inadmissível. não posso aceitar
o erudito, tendo que viver o peso
da falta do sentimento
que você tornou maldito
condenou-me.