O tato calejado da voz, gasto,
de tanto silenciar impropérios
absurdos, o âmago sequestrado,
de tanto em silêncio orar para
deuses que nunca lhe dão ouvidos.
Detesta Deuses Esta Poesia,
e por sua vez, destoa, e
dissonante grita:
Abaixo o Altíssimo!
Destratando a vós
que também cala para adorar
e deu-se em dizer que tudo
deve ser para glorificar um
senhor poderoso todo absoluto,
que resiste em si e também
faz morada no medo de todos
que temem o que sabem o que
são, mas vivem a morrer,
sacrificando a própria alma
para esconder a vergonha de
ser daquele que tudo sabe.
O Toque do Cajado Destrói
o que toca,
mora onde ecoa a sua voz
sedenta por ouvintes mais
medíocres que ti, e no entanto
melhores que nós:
Poetas do Subterrâneo!
Vozes Iluminadas Nesse Silêncio Escuro.
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