sou também ateu,
satanista e o próprio
Diabo. Sou sobre mim
poesia, sou talvez cada
verso que expressa
certeza e sou do mesmo
modo o poeta que
exprime e espreme
dúvidas em formatos
de poemas. Sou o meu
fim em meio a cada
recomeço...
Sou de mim um adeus,
e sou também a teus pés
quem implora que não vá,
embora haja espaços
distantes entre os passos
dos teus pés e os vôos
de minhas asas assombradas
pela má sorte de ainda
não saber voar, é quando
caio em si...
Eu risco um semicírculo
quadro a quadro enquanto
a vida assiste a tudo,
e o design de tudo que existe
atira-se do mundo das ideias
e uma vez em solo vai pro
subterrâneo. Eu cavo a minha
cova, deito em minha tumba e
sou a própria Morte, ainda viva.
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