de sempre,
como o céu noturno em tempestade,
sangrava em gotas escarlates
de pura poesia ultrarromântica.
Sangrava a pena como o peito
do poeta abatido por um punhal
alado e pelas próprias mãos,
àqueles versos cortantes um dia
fariam valer a pena.
Morrer pelo poema e matar-se
com a própria poesia,
morrer pela poesia,
não foi a métrica mas foi a
forma como escrevia.
Todos os versos já alertavam
para esse fim e foram todos
ignorados, todos ignorados,
sempre foi esse o fim de todos
os versos, mas ele ainda continuava
escrevendo, quase como um
psicopata de si mesmo,
e não são assim todos os
malditos poetas?
E agora que provou o gosto do
sangue de Deus, quem mais a
poesia poderá matar?
Ninguém mais...
pois somente deuses devem morrer!
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