num calendário velho e perdi cada dia
que se foi desde a aposta.
Com muita resiliência mantive-me
firme e num calendário atual dobrei a
aposta, amanhã minha sorte será
lançada.
Jamais obtive
S U C E S S O
com sorte alguma,
mas os dias que me restam é a
minha moeda de troca, porém,
se o calendário vencer,
além de vencido,
não me sobrará mais tempo para
azar algum.
Quem me dera eu não fosse poeta
e tivesse sorte na vida,
mas quem seria Eu se fosse eu um
afortunado e não tivesse
absolutamente nada a ver com
Poesia?
Eu prefiro a desgraça de ser quem
sou do que a sorte de jamais ter
sido.
Prefiro a graça dos meus pés
cansados do que a ilusão das
asas de quem pensa que voa
sem jamais o céu ter conhecido.
Eu passo o braço em volta do que
sobrou e abraço um novo dia.
Ainda ando de mãos dadas com o
desejo de vir a ser amanhã o que
ontem eu hoje lembro ter vivido.
Avante pro passado, avante!
Meu futuro é um retardatário
ou será do meu ontem doravante.
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