viver do que de um Deus um
desamor, ou um amor desses
fantasiosos para suportar e
sobreviver.
Como posso negar a existência de
um Deus sem ao menos me sentir
tão poderoso quanto,
como posso aceitar a existência de
um Deus, que me criou e, sendo
assim, eu um Semideus viver como
uma dessas criaturas fracas e débeis
do planeta?
Me excedo sempre entre excessos
e exageros e arredondo para menos
as redundâncias que mentem sobre
mim e as noites todas em que fui
mais canalha do que as sujas madrugadas,
quando jogadas todas dentro da mesma
garrafa foram entornadas de uma
vez só,
elucidando a loucura a respeito
do quão cedo demais pode ser
considerado o fim da existência,
toda:
quando numa noite só vestimos a
morte para a festa que é a vida com
todas as nossas roupas,
destilo nos olhos o brilho do sol
refletido na lua,
desenho em meu cenho,
desdenho da face de Deus em meu
semblante lusco-fusco esquizofrênico
e me assemelho à um espelho
divino quando este reflete dos
deuses todo o desespero humano:
-Os Deuses Sangram em Vermelho.
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