se levanta atrás do tempo que já
existi. A dor à esmo...sei que há
dores existenciais que debocham
do sofrer que se acumula em mim,
mas eu às desprezo e elas prenden-
se assim ainda mais em mim.
Eu me mato...e...me salvo desse
fim todos os dias, resoluto, pareço
indissolúvel, me reconstruo nas
lágrimas que tecem prantos por
mim, uma vez que jamais soube
chorar. O futuro que se levanta
a frente traz sombra sobre meus
horizontes, sombra de uma luz
de um tempo ainda mais distante
e que conhece caminhos breves
que desembocam em travessas
arborizadas que levam para a
eternidade.
Mas se a eternidade é meu fim
então saberão aqueles que vivem
felizes por tempos indeterminados
que certamente ontem eu já morri.
Ignorando as minhas certezas eu
digo que se nos presentes da vida
eu já fui triste, eu compenso meu
futuro póstumo morrendo feliz.
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