segunda-feira, 9 de julho de 2018

Existência Ascética

Aquele que só diz
sandices, sabe-se
que sua poesia é
culta presa dentro
de uma ignorância
completa. Sócrates
sabia que nada sabia
e que toda filosofia
é patética.
Mas o poeta acha
que sabe, pelo menos
é o que lhe sugere
o silêncio quando
ele dá ouvidos a
sua dialética.

Lá vai o poeta,
levando sua pena
canhota em sua
mão destra,
leva-a para
contemplar
mundo afora
aquilo que existe
fora da sua
caverna.
Mas nada há,
no entanto,
se disposição
ainda lhe resta,
é certo que fará
desse nada versos
daqui até o fim
da sua existência
ascética.

Nenhum comentário: