alçar voo,
adora o céu o seu voar,
e ele, adornava o seu voo
com manobras nunca vistas
antes e com tal maestria
fazia isso, que seu voar era
poesia, diziam.
E o poeta que sabe adornar
a sua pena com rebeldia,
jamais cairá na ilusão de
achar que alguma métrica
pode ser melhor que toda escrita
feita por inspiração.
Parecer melhor é só estética.
Assim ele voava,
voava por sobre tudo,
pois este tudo para ele
sempre foste pouco.
O Chão é pouco, o Muro é pouco,
as paredes, os Espelhos, as Vitrines...
A Cidade é pouca. A Humanidade, o
Mundo...
Meu céu são as copas das árvores,
ele dizia, e agora podendo enxergá-las
lá de cima, dizia ser o chão do seu voo
as verdejantes e frondosas copas das
árvores.
Viveu intensamente feliz voando.
Porém, um dia teve uma queda fatal.
Durante um voo noturno por sobre
luzes que brilhavam lá embaixo,
caiu em si a despeito de si mesmo,
e lembrou, e percebeu que não podia
voar, e então caiu...e assim morreu.
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