e se é no inferno que renasço,
e para isso uma Fênix como
insígnia, é para a alusão de um
paraíso corrompido do cotidiano
da humanidade que se reconhece
em cada espécime que compõe e
corrompe esta civilização cada
dia mais animalesca, e desta vez
um Deus branco misericordioso
simbolizando o horror que todos
nós somos. Como poeta entre o
filho da luz e o crucificado eu
prefiro a prostituta.
Contra mim Deus e o Diabo aliados,
meus versos feridos, conversa'fiada
em um diálogo de inimigos,
interlocutores imagem e semelhança
de ambos, enquanto eu vim ao mundo
com a cara de um e o focinho do outro.
Qu'eu consiga dar conta de
toda a minha existência para que
esta existência não dê cabo de
mim, falo do devir fazer
de mim um tipo de pessoa que
abomino, e fazer brotar em meu
âmago um tipo de humanidade
insuportável e destruídora.
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