um vasto vaso vazio.
O viam sempre lá,
todo o mundo o mundo
todo se via no vaso,
se viam vazios, vazios
como todo e qualquer
átomo, vazios como o
vaso. Um dia um vento
vindo do norte derrubou
o vaso. O vaso quebrou,
e todo o vasto vazio do
interior do vaso foi-se
com o vento, o vento,
diziam mais tarde, veio
colher o vazio do vaso,
vazio este que estava a
madurar. Um dia a morte
virá e fará o mesmo com
todos que viveram como
o vaso, a morte como um
sopro forte de vento levará
as almas vazias de todos.
Tudo é vazio entre vida e
morte. Como os átomos são
dentro de todos nós.
Porém, quando já se pensava
que o poema acabou,
alguém muito justo foi lá
e remendou o vaso,
colou
caco por
caco com
cola quente. Consertou o
vaso e no seu vasto interior
vazio plantou vários Girassois.
aut viam inveniam aut faciam...
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