segunda-feira, 24 de abril de 2023

Poeta do Fim do Mundo

Observa-me desconfiado um céu nublado
enquanto prepara uma cinza tempestade.
Apesar de toda a minha existência,
eu suponho que ninguém entende mais
sobre queda do que a Chuva.
E agora que a Chuva se lança ao
solo eu me jogo sob ela como Fogo,
assim a vida arde em mim uma 
última vez.

Eu Sou a Foz de Toda a Chuva!
Sou Fosso Profundo!

E aqueço gota após gota junto
à Lama que assoma sobre nós.
E depois de algumas vidas existindo
assim, desperto como Vulcão
lançando Lava violentamente,
devolvendo desse modo para o Céu
toda a Chuva que tem me
mandado esse tempo todo.
Se eu ardia antes em viver,
agora queimo vidas e disparo contra
o Céu a minha cinza tempestade
apocalíptica...

Então eu soo um final abrupto a tudo,
e como a Chuva fez um dia,
eu vos digo:

Eu Sou o Fim do Mundo!
Eu Sou o Fim do Mundo!
Eu Sou o Fim do Mundo!

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