quinta-feira, 3 de outubro de 2019

Francis

Noviça de muitas noites,
princesa toda maravilhosa de
ser depois Aline,
Aline depois,
depois de amiga e antes,
muito antes de ser Aline,
e muito antes de Aline ser
já era Aline e não sabia,
a Aline que você é e
só você é,
Aline.
A Aline,
há Aline?
ah! Aline!
Há noite, há madrugada,
há álcool, há drogas!
há Aline, ah! há sim,
como se antes eu já não soubesse,
eu sei e sempre soube,
pois eu sempre pude ter Aline,
durante um tempo,
eu pude Aline ter e ser
quem eu sou por muito
tempo, tempo esse graças
a Aline.
Aline, minha Aline,
princesa punk durante
aqueles dias, lembra?
dias de rebeldia em
religiosa liberdade,
liberdade de amizade
em amor (amor em
liberdade), de cúmplices
em ciúmes de oferecer
o melhor pro próximo,
como a última droga,
o último gole e a mais
cara amizade,
minha cara,
a mais preciosa primeira
última Aline,
debutante do antes de ser
quem antes não sabia
quem era, e deusa depois
que soube que poderia
ser Aline, que sempre foi
Aline quando descobriu em
si a Aline eterna.

Na história de nós dois
há deus e Diabo também,
e por que não deveria haver?
mas eles que se entendam
com o posto de coadjuvantes que
diante de nós
a eles sempre coubera.

Nenhum comentário: