segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Minha Poesia

Como o ar nunca visto,
(o não poluído)
a poesia em sua
i n v i s i b i l i d a d e,
com suas vestes transparentes,
é como o Cristo destituído,
é o decaído destronado
por incompatibilidade de
hipocrisia, é poesia,
(não poluída) apenas
metafísica ou não.

Sobrevive e vive à margem
dos vícios da visão,
é sentida,
doída...doida...
é triste dentro da alegria,
da melodia do uníssono
pulsar do coração,
é heresia, é deus e diabo
tocando uma canção,
ora no violão o diabo,
ora deus no refrão...
d e s a f i n a d o.

Seria,
(se fosse explicado o
sentido da vida) a poesia
a explicação, então você,
que nada entenderia,
saberia que sempre
soube de tal verdade,
mas na verdade,
sempre achou que nada valia.

Eis a poesia,
sem valor algum,
sem moradia...sem
figura física que lhe
valha os contornos
de toda sua magia,
eis a explicação da
vida para a vida que
nunca foi viva,
para tudo quanto foi
(ou nunca foste)
vida tardia.

Eis leitor,
minha poesia,
que quando lida
calou...e quando
cala, lida para que

nunca mais seja vista
nas mesmas palavras
que nunca desenhou.

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