quarta-feira, 10 de novembro de 2010

aonde está você que não está!

lembra das nossas caras à arder
quando nos contemplávamos em gozo,
e presos pelos nossos corpos íamos
ao inferno em prazer?
hoje encaro minha face e, em frente
ao espelho me masturbo
pensando em você.
aonde está você que não está!
lembra das nossas cartas de amor,
onde nelas prometíamos um ao outro
sermos pra sempre cúmplices de um
amor que nos merecesse, e que
mataríamos quem se opusesse?
você se foi e eu não ti matei,
penso que aquele amor não nos
merecia mesmo, hoje percebo que
você matou o sentimento que se opôs,
eu fraquejei você se foi.
aonde está você que não está!
lembra das nossas noites de loucura,
as bebidas as drogas o roquenrou
os outros casais que percebiam o quanto
não eram como nos, a nossa singularidade
como par, os mais admiráveis a se amar,
éramos o refrão de toda canção que propusesse
sexo, drogas, roquenrou. diversão.
hoje não há mais festa em mim, não
há refrão nem canção, porra nenhuma.
apenas resquícios de um homem que
outrora tinha o mundo, em suma:
aonde está você que não está!

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