domingo, 15 de junho de 2008

soneto

minha linguagem poética viciada,
minha poesia não se lança ao acaso.
ela nasce já sabendo todos seus passos
e faz uso de ideias novas, todas já arquivadas.

preciso quebrar o monopólio,
preciso romper, foder a etimologia.
acabar com esse vício, mudar a fraseologia
que compõe meus poemas simplórios.

vou matar o poeta, cuspir em sua face.
calar minha alma, me deter no clímax,
abandonar a musa, desatar o enlace.

ah! falsas e vazias palavras amargas,
não me permitam abandonar a magoa,
não deixem que minha poesia se cale.

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