quinta-feira, 6 de abril de 2017

Recôndito Abismo

Chuva interna de gotas d'alma,
dos confins do âmago
preenchendo todo meu ser.
Dum outono imperativo e
interminável, ora frio, ora
sempre frio em brisa fria
insuportável.
É sempre noite, há sempre trevas,
ainda que um solitário lume a
escuridão densa etérea afronte.
Eis a lua, farol soturno,
guerreira noturna em paz
inabalável, lhe apraz o fronte assim,
apenas ameaçado.
Atmosfera interior segundo meu
pobre lirismo, mas e, contudo,
se há algo de profundo nisso tudo
que eu possa dizer, eu digo...
abismo.

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