seria como vaso vazio.
Tu'alma soberba e rasa
é feita de rarefeito brio.
Um penhasco gélido de
afiadas pedras e mais
deserto do que o céu de
deuses. Deu-se sempre
assim.
Foste você também
capaz de um dia crer
que Deus habita o Éter
e cultiva no Éden um
lugar especial para ti?
Tolice! Morra agora e
descubra que Deus
algum jamais existiu.
Mas você resiste e
acredita e medida e
fala sobre para os teus,
e tenta convertê-los à
tua crença.
És um vasto fastio,
um vasilhame sem
uso que a morte se
recusa quebrar, pois
teus cacos se espalhariam
pela superfície da vida que
teve, daria trabalho para
a preguiçosa morte juntar
todos os teus pedaços
e carregá-los com Ela
para outra eternidade
que também está com
os dias contados.
O fim é sempre próspero,
digo, o fim é sempre próximo
e já começou muitas vezes,
mesmo antes da existência
de ti.
A vida é o fim de tudo...
Toda morte ou a morte
de cada um é o inverso
de uma infinitude enfim,
morrer é só morte e enterro.
É terra sobre o corpo e
vermes famintos, ou fogo
que derrete ossos e cinzas
sem cheiro depositadas
em um vaso vazio.
Um vaso que guarda a morte
como teu corpo de alma vazia
um dia também aprisionou em
si uma vida que jamais teve
importância alguma.
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