quarta-feira, 28 de maio de 2025

Soneto

Em cada fim de mim mesmo
há mais e mais finais e há em
meio a isso tudo sempre 
burburinhos de recomeços.

E reconectar esses enfins com
novas tentativas é morrer 
mais uma vez por uma vida
que nem sempre vale o preço.

Quando pensar quanto nos custa 
continuar lutando não nos 
inspirar mais a seguir em frente, 

certamente é porque já morremos,
e se eu morrer todos os dias como
de costume, é porque insisto em
                         [continuar vivendo].




Nenhum comentário: