domingo, 27 de outubro de 2024

Poema para E.M. Cioran

Nos cumes do desespero
é possível avistar ao longo
de todo o horizonte um
breviário da decomposição,
pois são silogismo da 
amargura toda a história e
utopia, refletem todo o
inconveniente de ter
nascido você (todos os teus
eu's antes de ti), e Eu que o
diga, uma vez que nunca fui
o mesmo diante dos espelhos
d'alma de deuses que jamais 
existiram e que tendem a me
replicar desmedidamente de
modo pormenorizado pelo
curso do tempo.

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