uma prosaica prostituta que adora
se adornar como uma dama adepta
de toda uma sorte de luxúrias dos
tempos de la belle époque.
Minha cabeça um revolucionário
fadado ao fracasso por acreditar
demais em ideologias fantasmas,
que buscam sempre definir conceitos
utópicos fundamentados não naquilo
que acredita, mas sim no que acha
que àquele pensador do século
dezenove acreditava.
Meu coração um punk estúpido e
radical de punhos e pulsos cerrados
e violentos, que apela sempre para
a autopiedade supra destruídora e
catapultando as cocaínas em noites
de luas cheias super brancas...
observadas pelo meu corpo magro
sentado sobre si mesmo, entupindo
o mesmo corpo como se fosse um
frasco vazio a ser preenchido,
bebendo absinto até querer morrer
à la Paul Verlaine.
Por fim, gostaria que Deus com
seus dedos tortos escrevesse em
minha lápide um epitáfio em
versos que Ele julgasse perfeito
para mim, e então escreveria assim:
Esse Ateu Errante
Morreu Tarde Demais
Sem ao Menos
Acreditar em Si.
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