quinta-feira, 10 de outubro de 2024

Muitas vezes sempre aos poucos cada vez mais

Padece de profunda poesia
minha escrita.
E não é depressão, 
e tampouco está deprimida,
embora, porém, presa em
um buraco de considerada
profundidade, ela acena 
para permanecer ali, 
mas todos estão felizes
demais em suas 
dissimuladas e alegóricas
crônicas para entenderem
e atenderem aos acenos
diários de toda poesia.
Vivem a nivelar tudo e todos,
e minha ojeriza por toda
superfície deveria me
fortalecer se não me
matasse sempre, 
aos poucos,
muitas
vezes...

cada vez mais.

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