ou cedo a manhã
para os pássaros
ou para o orvalho
que cai. Não sei
ainda o que será,
mas sei que eu
mesmo não desejo
despertar:
Quero Viver é a
Madrugada dos
Poetas Ébrios.
De Verlaine prostrado e
seu absinto eu sou a fotografia.
Não quero o amanhã
enquanto ainda sou ontem,
hoje mesmo só existo por conta
desse poema, porém, nele me
permito estar desde que não
haja rima que sintonize comigo
enquanto me encaminho para
ter o mesmo fim que meus heróis
ousaram inventar.
Não falo de morte, eu falo é de vida,
e eu quero é cobrar essa dívida da
existência comigo desejando adeus
para quem chega e não me importando
nem um pouco por quem se foi deixando
sua gente triste com sua partida.
O abismo culpa o céu ou
elogia o chão por ser profundo fim
de quem deseja mensurar o tempo
que leva sua queda?
Eu jamais desejei ter asas,
e o meu erro fatal foi sempre
querer voar.
Me jogo...
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