terça-feira, 17 de novembro de 2009

Apaixonado Solidão

Ah pai, como me sinto pobre!
como me vejo longe de qualquer sorte.
Do que me adianta uma alma nobre,
se meu coração esnobe, negro,
denso e covarde, arde e entoa
palpitações e características de um vil lord?

Sincero como uma respiração,
vou na melodia do batuque do mesmo coração
que é o groove da canção, a trilha sonora
que outrora tocava, não como marcha fúnebre,
mas como senhora da emoção, o som
agora vive apenas no peito da minha doce ilusão.

Ah doce ilusão, quem andas amando?
não mereço o apreço que me dedicas
com o mais profundo desprezo do
teu coração, meu esconderijo que
não mais habito, desde que disseste não
às minhas súplicas de apaixonado solidão.

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