segunda-feira, 6 de junho de 2016

Vera Efígie

Minha’lma n’agua,
sobre esta, maculada e
rubra, se olha indefesa
e em lágrimas murmura
todas suas incertezas diante
da mesma água turva.

Minha figura rasa,
em brasas, queima a água
de púrpura calma,
leva meu sangue por
onde corre,
escorre sem estanque.

É a alma que chora,
discorre sua dor e nesse
instante o que ali se
afoga é o rubor do
interno fogo que aflora,
desafoga o último
lume de vida que resta
indo os olhos ao
horizonte para a derradeira
aurora, ao entender que
nasce o dia, morre, para na
eternidade fazer-se
senhora.

Nenhum comentário: