antiguidade e minha poesia
fóssil, evidentemente que não
lembrarão de mim, pois jamais
me conheceram, e ficarão
surpresos em perceber que o
que descobriram é um espelho
que sempre furtaram de se olhar
por medo do reflexo feio que
sempre ante aos senhores esse
mesmo horror a de lhes
apresentar, porém, se tivessem
percebidos a si nele antes,
hoje não teriam mais medo de
nesse presente antigo que espelha
teu íntimo a se admirar, se admirar...
e se admitir que o feio do teu
âmago lhe agrada, menos mau, pois
pelo menos o mal dentro de ti
se enxerga.
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