Declino do convite da presunção,
pois o Deus Todo-Poderoso cabe
todo nesta frase e Eu tenho por
vontade genuína ser um romance
de mais de mil páginas, minha
existência é maior do que poucos
versos de meia dúzia de palavras,
de orações que se repetem em
rezas que se fazem inauditas e
incompreensíveis em lábios
rachados de idosas quase senis e
caquéticas.
O Deus de todo mundo não pode
ser o meu porque eu não sou
todo mundo.
Eu sou o mundo todo,
eu sou o mundo todo livre,
um mundo todo repleto de
assassinos de colonizadores,
repleto de pagãos leitores de
estrelas e da escuridão, eu sou
a escuridão que temem todos
os adoradores de deuses, e eu
odeio todo Deus que não tem
espelho em casa, mas eu adoro
dos deuses aquilo que possivelmente
é o mais terrível medo deles,
desse modo, assim, jamais serei
ateu e/ou pecador novamente,
não terei mais porque gozar
desses prazeres.
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