sábado, 12 de abril de 2025

Longe Longe

Não pude nem ao menos tocá-la,
nem uma vez sequer pude
aproximar minha mão das mãos 
dela...e em desespero por isso,
meus dedos agora vivem da
obsessão de escrever versos
para Ela, e ingênuos pensam que
tais versos traram enfim uma
real aproximação:
Das mãos, das almas...
Dos lábios e corpos...e,
nesses versos, cada palavra
assume declaradamente que
minha poesia por Ela hoje
também está apaixonada.
Queria poder ser o vento para
brincar com os cabelos dela,
queria obter uma licença do tempo
para jamais morrer antes de poder
ter um singelo e sincero sorriso dela...
Ah quem dera Ela me olhasse e olhasse
de novo, e o riso faceiro do seu olhar ao
me ver, se risse e se fosse por mim percebido,
certamente moraria para sempre na
memória dos meus olhos que hoje
medem a distância entre mim e Ela,
e percebem que estamos longe, longe
demais dela e nos afastando aos poucos
cada vez mais e indo sofrer numa
quimera que se faz dia e noite mais e
mais distante.
No auge do desespero penso ter sido 
sorte minha o meu destino ter me 
possibilitado sofrer por Ela,
mas longe, longe do sofrimento 
sentimento algum aflora...e o meu
por Ela é todo flores e floresta.



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