segunda-feira, 21 de abril de 2025

Sempre

Evidentemente, jamais pude amar a
vida como ela é. Não a amo por não 
concordar com ela, talvez isso se dê
por não poder compreendê-la, mas
sobre tudo que sei e tenho 
entendimento, eu não só não a amo,
como também passo a odiá-la.
Mas tudo bem, isso não muda nada,
mas faz toda a diferença para mim,
me sinto feliz em não concordar
com a maioria e poder escrever a
minha história jamais com a máxima 
de outrem, mas sim sempre com a
minha própria poesia.
Num futuro presente quando eu 
lembrar desses dias como hoje ou
como todos os ontens que passaram
por mim desde que pus meus olhos
em ti, não sei ao certo com que tristeza 
lembrarei, mas muito certamente com
muita pouca alegria poderei pensar
sobre o que nós jamais fomos.
Porém, lembrarei da lua admirando
você, lembrarei das tulipas medindo 
a beleza delas com a sua, lembrarei de
quando me disse ser muito solitária,
e eu ali na sua frente oferecendo abrigo 
e companhia, mas você não quis me ver,
de todo modo, poderei lembrar também 
de quando pude fazer você perceber o
quão incrível você é, porém, inacreditável 
mesmo será lembrar que a estúpida
juventude do meu coração te afastou de
mim ao se declarar apaixonado 
abruptamente sem ao menos você esperar,
eu sei, esse foi o erro, todavia, se amar é
um erro, ou foi um erro, deste erro eu
me declaro completamente culpado.
Como não lembrar que os poros de nossas
peles jamais compartilharam um 
um toque sequer. E por Deus que sempre
foi tudo o que eu poderia querer.
Lembrarei do vento em teus cabelos
ao vê-la tão cheia de energia correndo 
pelas ruas, correndo pelas vias desse
mundo em que você guia incansavelmente sua vida.
Lembrarei também dos teus poucos 
versos que quis me mostrar, e eu os
adorei com fervor como se fossem meus.
Dizer que lembrarei dos teus olhos e
olhar, é me repetir em redundâncias,
como o meu pensamento nesses dias é:
eu penso tanto em ti, e isso só não beira
um comportamento compulsivo, porque
se é à beira de algo que estou, não é da
obsessão, mas sim de um abismo profundo 
que é a recusa de um bem querer e vê-la
se tornando em rejeição. 
Sobreviverei, porém...ainda que seja apenas
para lembrar...
Eu sei que não morrerei desse amor,
e isso é o que mais me assusta, pois terei
de viver te amando até quando?
Isso ninguém poderá me dizer.
Talvez eu não te ame mais, quem sabe no
fundo eu nunca te amei, e muito
provavelmente eu te amarei pelo resto
de todo o meu sempre.



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