Eu lido com tudo isso há muito tempo...
comigo mesmo e, lentamente, o tempo
que me resta me arrasta com ele por
sobre todas as coisas.
Eu leio pelo caminho o desenho dos
meus passos e percebo que quanto mais
volto meu olhos por onde passei mais
meu destino se faz incerto uma vez que
não olho por onde vou e sim por onde vim...
e sim por onde vago, e onde chego e
quando chego, é sempre desse lugar que
parto. E sigo...e volto meu olhar ao largo
e desejo que meus passos não me sigam,
para que jamais me mostrem o caminho
de volta outra vez.
O tempo leva consigo nós todos,
e o dia de hoje me parece interminável.
Eu levo minha vida comigo no caminho
que trilho para a morte, elevo minha
morte ao posto de Musa e me desfaço da
vida como me despeço com um até mais
ver de alguém que sei que nunca mais verei
de novo, e no fundo por querer revê-la,
não desperdiço meu adeus. Minha existência
é estranha como é estranho querer rever
alguém que não se conhece.
Como saber quem se é de verdade sem ao
menos atentar contra a própria vida uma
única vez?
E tirando o A como prefixo de negação eu...
Eu tento sempre.
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