todo dia outra vez por
toda a vida e pela morte,
enquanto corre o Outono.
Todo ano um cinza duplo
único ocorre:
da estação de chegada
eu de partida até o Outono
mais próximo daqui.
Mas até partir
eu fico todo o entardecer
até à noitinha a esperar
por mim mesmo,
mas eu não chego e nesse
tempo que não volto não
ouso partir,
espero pelo próximo Outono
num cinza messiânico que
insiste existir.
Existe um insistir em tudo
que morre,
agora é a vida e ora por horas
é a morte.
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