Amém se amam e
que amem mesmo
a métrica,
a régua e
as regras.
Eu não discordo se
não concordam
comigo,
eu sendo um outro
também discordaria.
Ruptura é utopia e
talvez a única
possível,
a minha utopia é
a ruptura,
não é a rima,
as cadências
da rima e
contudo,
nem rima há;
não é o ritmo e,
à la arritimia,
nem ritmo tem,
e claro,
menos ainda é
a metrificação
a minha
utopia poética;
não há cálculos,
meios e modos;
não há métrica.
Minha poesia é
só e é toda ela,
a desacompanhada,
só aquilo o que diz
e discorda e declara.
Amém se odeiam e
que odeiem-a mesmo
à regra.
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