sexta-feira, 6 de março de 2020

Instituto

Eu fundo meu próprio poço
e nele afundo a cada dia
ao preço dado do meu próprio
esforço.

A fundo cada vez mais ao fundo,
indo, descendo vasto,
distante...

Lá na superfície eu só vejo um
halo, como quem olha para o
céu com os olhos fechados,
mas não há clarão,
assim como não há razão sem
fundamento,
há só esse poço sem fundo,
essa minha alma subterrânea,
uma fundação...infundada,
talvez...
um desalento,
um instituto.

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