quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Inexistência

Cada vez mais cruel,
envilecido. Rejuvenesce
em seu posto de
eterno. Sempre preciso,
como deus de todo calendário,
para todas as conquistas,
imprescindível. Tua finitude
em minha estória não é crível
mesmo após minha aguardada
morte. Sendo assim, para gozar
a certeza de algum fim, diga-me,
velho tempo, como fugir da
gloria do infinito? condena-me
ao posto de perecível e me ajude
a nunca ser lembrado, eis, velho
tempo, minha meta.

Você, caro mortal,
foste humilde em teu
pedido, outros querem
para todo o sempre habitar
a memoria do mundo,
querem sempre algo mais
do que lhes é permitido.
Para mostrar à ti a minha
gratidão para com tua
nobreza, farei com que
traga em tua pena o antônimo
de toda beleza, e assim,
nobre colega, fará versos por
toda a vida, e que toda tua
vida, assim seja.

Tu, será poeta e,
tua poesia,
o b s o l e t a.

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