que há muito vinha cultivando
dentro de mim,
do meu Ser adentro,
todas estas vontades e desejos,
são coisas antigas do futuro:
antigas, gastas e obsoletas, pois
são aspirações que já não mais
me apetecem, coisas que não
quero mais e que não mais
espero que aconteçam.
Não desejo ser nada além
daquilo que sou, e o além de
mim que desejo, é de mim para
o mundo, para os outros e para
o tempo, e não o contrário. Do
futuro e suas velharias tecnológicas
eu nada quero, desejo mesmo são
as novidades de um passado que
no presente daquele tempo foram
ignoradas ou suprimidas.
O horizonte que me agrada não é
o que está em minha frente,
mas àquele que está à frente de
qualquer tempo, em qualquer época,
transpassado ou não, um pórtico
por onde posso passar de ida e volta quantas
vezes julgar necessário:
assim como um livro...
um livro que lembra e pensa em cada
leitor que já o leu, e não fica a pensar
naqueles que por ventura um dia o
lerão.
Se só o passado já
foi escrito, por que
perdemos tempo
tentando ler o futuro?
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