Quem se sagra a consagrar-me a
sangrar por esta terra, ou
melhor, quem sangra por
sagrar-me a singrar, sem asas
nem velas, por este céu por
onde meu olhar se encerra?
A paz que me aprazia não mais
me apetece.
O que quero eu então, guerra?
Sei que nem todo o talvez sincero
de minha alma sabe, porém,
desconfio que daria meu sangue
para poder verdadeiramente por
algo morrer...
Viver, pouco me interessa, e no
entanto, nada mais me resta senão
só vida, e o que faço com ela não é
nada comparado com o que ela tem
feito comigo esse tempo todo.
A vida encena a acenar bandeiras
brancas, enquanto eu em cena, no
palco de suas platéias estúpidas,
ergo até onde posso minha bandeira
preta e baixo minhas armas. Fecham-
se as cortinas e à luz ascendo:
atento contra a vida para não morrer
distraído.
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