sábado, 22 de fevereiro de 2025

Poema para Lucrécio

Silêncio ocioso sou eu e fui,
pelo entorno dos meus quandos
enquanto eu ía, seguia calado,
desejava sempre tanto que 
olhassem para mim, porém, 
vejo meu ao redor às cegas:

Mas eu vi o verso,
ouvi o verso,
devir do estro,
dever do gesto do
universo que fala,
que assalta aos olhos...

Mas há quem diga que não, 
que não e nem mesmo talvez,
nem vi nem houve.

E o quanto eu sinto que sim,
tem a mesma falsa vontade
da autêntica ilusão de algum
dia também ser notado ou
ouvido. Ou lido ou amado...
Mas se o esquecimento for
o meu destino, o mínimo que
posso esperar é que pelo
menos seja para sempre.


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