domingo, 15 de setembro de 2024

Fulgor

Há em mim um poeta morto,
morto e brilhante, como um
corpo celeste atravessando a
atmosfera de um planeta cheio 
de vida. Inanimada, a gigante
rocha que cai, vem violentamente 
com a morte a bordo, pois sua
queda aniquilará todos.

Somente a ascensão desse poeta
poderá me salvar de ser só mais
um desgraçado a meter na ideia 
algo a lhe atravessar a cabeça, 
quer seja uma ideologia
revolucionária ou um balaço. 

Eu quero mais,
eu desejo perder a cabeça, 
perdê-la de vista ao vê-la
atravessar a atmosfera:

A Cabeça a Desbravar o Caminho Inverso
de Meteoros que Caem, e a postos,
pensamentos curiosos cheios de dúvidas
a cerca da origem da vida como a conhecemos. 

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