minha queda pela Glória e meus vícios
virtuosos...como re-versos em reveses.
Quando foi qu'Eu escolhi o céu sem
poder voar?
Penso que tenham sido meus pés,
meus passos influenciados pela cabeça
sempre cheia de pensamentos aéreos e
siderais.
Para quem vive no subterrâneo a superfície
pode ser um céu, e o céu sobre o solo,
como um véu, é um dossel do chão,
chão este estendido moribundo a espera
de uma meteórica eutanásia vinda pela
graça de um Deus qualquer.
Da terra desse chão ao céu dessa Terra,
qualquer esperança tende a se assemelhar
a quem me tem amor ainda, mas quem?
Percebe minha aflição?
Meu amor é angústia,
e toda minha rebeldia
é paixão, porém, já há
muito não ando enamorado,
e meu caminho se torna
cada vez mais a mesma
estrada de muitos.
Minha liberdade foi traída,
e por mim mesmo atraída
para um diálogo de abismos:
...e só há silêncio penhasco abaixo.
Se fosse glorioso morrer nesse dia,
minha alma subiria enfim aos céus
após o voo do meu corpo daqui ao
solo, porém, toda dádiva para àqueles
que hoje sofrem, provém sempre do
amanhã. Isso seria libertação se fosse
dito ontem, e então agora eu
estaria finalmente voando.
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