sempre bem ditos e se minha
pena é maldita a culpa é dos
meus dedos tortos e retorcidos,
gastos no ofício diário de se
fazer poesia por onde insiste
os meus passos:
Por onde passo ressoo
Por onde soo repasso
Aonde caibo destoo
Destrono o sonho distópico.
Passado à toa o presente
o futuro é sempre utópico,
e o pensamento preso num
tempo nem sempre tão próximo.
É nostalgia que sinto se a
gloria de novo for póstuma:
Renasço aço de novo de novo
inoxidável como um Deus poderoso
mas sem viver a admirar o próprio
retrato:
a face de Deus é ridícula
e o meu rosto é belo,
Ele me fez preto ou pardo,
traço estranho e sem nexo
e tampouco há salvo engano,
pois se diz ser um Deus
branco com o cabelo amarelo?
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