segunda-feira, 26 de setembro de 2022

Vago

Solitário por onde não 
sei se caibo,
por aonde não sei se posso
eu passo sozinho outra vez
e, quando voltar,
por esta vida não sei se
de novo passo...
Jamais fui jovem como
os dias recém passados
ainda são,
sou velho como àqueles
dias que nunca virão,
pois como eu, estes dias
não se penduram em
calendários e existem
sem data fixa para ser.
Eu jamais suportei existir
e não posso partir pois
não pertenço a lugar nenhum.
Vago distópico pelos
arrabaldes do fim
do Eu revolucionário que
covardemente eu,
como um canalha,
traí...e o que restou do que
poderia ter sido:
-uma partícula ínfima-
Maldita!-ainda arde em mim.

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