domingo, 6 de fevereiro de 2022

Velho Triste

Adoro drogas e não.
Odeio deuses e não,
e quando a eternidade
vier ao meu portão,
saberá que
odeio a morte e
a vida mais ainda e
não.
Consumo tristezas e filosofia,
odeio a beleza mecânica da
métrica no poema,
e o vazio da existência
eu coloco todo na poesia
buscando tanto algum alento
em vão.
Vou me matar um dia ou não,
e morrerei de velhice um dia 
ou não,
e quando no portão da eternidade
eu estiver triste sem saber o que sentir,
pedirei perdão e glória às drogas,
e dos deuses adictos eu serei a
abstinência, o vício, e a redenção.

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