tragédia trama azul do
céu e (dos olhos) cinza
nebulosidade,
prazer praxe pra ser plácido astral,
pra ser plástico autêntico
básico
bacilo (gérmen)
base pra zen artificial. Frase.
O poeta explica o poema-
trata-se de dizer como
posso ainda em noite
a manhã ser e como
logo pela manhã posso
eu anoitecer, e fazer
na madrugada adentro
o entardecer.
Mas costumo ser a noite
quando de costume a noite
esclarecida e déspota
obscurece as coisas,
folclore e filosofia
costuram as falas da noite
na língua da pena e
essa quando fala
diz com um beijo na boca
da noite
fantástica poesia. Poema.
Fanática a noite fã de muita
psicodelia e cinza tristeza
vã ao longo da mesma ira e
virtude do vício doce ao
doce vício amargo de muita
cocaína.
Psique em chama.
Salvo os que estão vivos,
todos morreram...
e hoje já jazem recém-nascidos.
Síndrome drama.
Habitat para sofrer,
vida. Dromo.
Existência sustentável,
vidas reutilizáveis,
reencenação,
releitura de sempre a
mesma tragédia,
cortante e em (carne) viva trama. Cena.
A vida enfatiza em face da morte
da morte faz-se a vida.
Anoitecer
Amanhecer
Crepúsculo Aurora
Pôr do sol
Púrpura obscuro,
cores da íris de um mesmo
olhar nos observando.
São os olhos do futuro de outrora,
hoje passado.
O futuro jovem de agora
já nos ignora com
outros olhos.
Ofuscados nós,
ou ofuscamos ele,
vamos até lá,
ou ficamos nós,
cá esperando,
como que embrulhados
para presente?
O mal a manhã anoite ou
amanhã à noite
bem de manhãzinha,
um dia o entardecer ou
a madrugada
ainda nos surpreenderá,
salvo àqueles que até lá
morrerem.
Somos Solares, eis a questão!
Anoiteçamos sempre
e um dia quando amanhã ser,
a manhã será.
Síndrome drama, indiferente
do que a madrugada for,
amanhecerá talvez. Ou não.
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