terça-feira, 27 de junho de 2017

Nisso tudo

Sou um semi quase,
se me cabe ser algo
nisso tudo, na vida,
na fatídica história
do mundo.
Se pelo não querer
saber eu advogue,
referente ao nada,
se talvez ad hoc eu
fosse ou busca-se
ser, então para o
tudo num todo eu
também poderia ser,
um talvez. Ou não.
Quem sabe alguma
coisa nisso tudo,
poetas, filósofos,
deuses e diabos
do mundo?
Tudo o que sei, sobre o que
compreendo é o que penso
saber, e aquilo que não sei
possui as mesmas qualidades
e características quando julgo
sabê-lo, pois, sendo assim,
o que afinal detém toda a
sabedoria, e até onde ela é
verdadeira?
Os físicos e os loucos,
em sua maioria, são os que
mais sabem, os cientistas
sabem que sabem muito
pouco, por isso o exercício
da ciência.
Os religiosos se apegam e
fazem carreira na ignorância
por serem, nisso tudo, os mais
miseráveis.
O poeta por nada entender
faz poesia, a poesia por nada
explicar (a única que, por si só,
explica- se sozinha) habita nisso
tudo as entrelinhas.
Os filósofos, coitados, por acharem
que sabem tudo, da graça da
sabedoria, são com certeza os mais
desgraçados.
O amor sim, ele sabe, nele está a
resposta de tudo, de e para todos,
porém, nesse mundo, não há nada
mais misterioso e incompreensível.

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