quarta-feira, 14 de junho de 2017

Babilônia Poesia

Ando sem motivo senão
o voluntário ato de caminhar,
ando sem pressa nos passos,
regulando nos pés a velocidade
máxima do modo devagar.
Ando e percebo que quando
canso, contra a fadiga vou
por aí passear.
Ah! se eu escrevesse como
ando, talvez algum dia então
eu pudesse alguns passos
meus publicar.

Mas ando em rima,
sem métrica, pra baixo
e pra cima a pena por
aí a camimhar,
vago pela minha sina
vaga, vazia, perdida buscando
um rumo para se inspirar,
e quando encontra divaga
sozinha seus versos meio
coxos por alguma calçada
esquecida de uma esquina
qualquer da Babilônia poesia,
minha morada como poeta
andarilho, um velho mendigo
que não carece de esmolas
para versejar.

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