quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Honra e Erro

Uma história de sucesso às avessas,
fracasso é mato, e o poeta agrimensor
desses campos abastados.
     Se não há gloria em cantar
     as dores do Homem e da vida,
     há honra em poder fazer poesia
     de matérias tão nefastas e nocivas.
O poeta é um facínora do bem,
anti-herói algos, um vilão bom,
um demônio zen.
Sucesso é perfeição, o poeta entende
que perfeccionismo é um erro e
diariamente nesse erro ele busca
ser perfeito também, mas não é.
Se há gloria em ser poeta, tanto faz,
que gloria há em estar vivo, na vida,
se não existe gloria em ser poeta
para quem nasceu para morrer
pela poesia?

Minha maldição é uma honra!

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