terça-feira, 14 de maio de 2013

espelhos mortos

peça ao espelho que se cale,
tua nudez pertence aos meus olhos.
diga ao espelho que não olhe,
há apenas em meus olhos o toque.
suave e belo é a superfície do pecado,
capricho de deus, talento do diabo.
eu, para beber do teu corpo, teu
cálice, desejo como um ser natimorto
despreza a continuidade da especie,
quebrar o espelho que se atreve
usar tua beleza enquanto à masturbo
em meus olhos.

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