domingo, 3 de junho de 2012

soneto

que agonia infame infante
que me dilacéra todos os dias.
já não é o bastante não ser
e tentar viver de poesia?

da maldição dos vinte e sete
eu vou morrendo todos os dias.
já não é suficiente tentar
viver de poesia.

como é angustiante não saber
com o que se rima, gastar todos
os versos atrás da maldita poesia.

como é falsa a idéia de que a vida
pulsa em alegria. feliz mesmo é a tristeza
que como pauta em mim sempre se faz poesia.

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