sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Lua doce lua

musa de todos os desassossegados,
dama fiel dos inquietos poetas,
feiticeira dos céus,
bruxa de sorrisos plácidos,
dona das minhas sextas...
lua...musa apaixonada.
mágoas embriagadas em lágrimas que
temperam minha face iluminada.
destiladas mágoas lamuriosas canto à ti
no grito profundo de todos os ébrios
que abrigo em mim, e,
que blasfemo sem saber por que fim.
sua crua luz me acompanha, me segue,
me segue ali, juntinho, até o fim.
musa dos desejos ilícitos, deusa pálida
da alma dessas palavras que compõem
meu pensamento:
-lua, ofereço-me a ti, nesse momento,
nesses versos aqui, vendo minha alma,
sem custo, e, à mim, aceita-me como esmola,
como amante, como poema outro, indiferente,
como voluntário sem meta à habitar seu mundo,

seu universo de boêmios e estúpidos poetas delirantes.

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